Interpretação por Otacon/Gabriel
Leia a tradução completa da música aqui
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itálico: estrofes
negrito: interpretação
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Dei uma dirigida hoje
Hora de emancipar
Acho que foram as surras
que me fizeram sábio
Mas não vou agradecer
nem pedir desculpas
"O início de uma metáfora genial. A história do eu lírico que vai dar uma volta de carro para "esfriar a cabeça" ou algo do tipo, é aos poucos transformada numa grande comparação onde a estrada é a vida do eu lírico onde ele pode pelo espelho do retrovisor olhar as coisas do passado, acelerar ou não seu carro (acelerar ou não o andamento de sua vida). Essas comparações serão melhor desenvolvidas durante a música e culminará na frase que faça sobre o espelho retrovisor (nome da música).
"A busca pela independência do eu lírico pode se observada no momento que ele fala que chegou a hora de se emancipar, demonstrando a necessidade de liberdade naquele momento, de adquirir independência.” As surras da vida e suas lições “ o fizeram crescer, talvez por nem todas terem sido boas ele não tem o desejo de agradecer ou algo assim.
Não podia respirar, me mantendo em baixo
Mão na minha cara, empurrado para o chão
Inimizade desafiada
Unida pelo medo
Forçado a suportar
o que não poderia perdoar
"Neste parágrafo começa a aparecer o opressor da história, nas duas primeiras frases é demonstrado a opressão brusca sofrida pelo eu lírico e a inimizade fica óbvia. Em "forçado a suportar o que não poderia perdoar", parece que é esta é uma das "surras" que colaboraram para o amadurecimento do eu lírico. Algo que ele não poderia perdoar e foi obrigado a conviver com isso, nos faz concluir que essa foi uma das surras que ele não pediria desculpas"
Desviei o olhar aparentemente
As feridas no espelho acenaram
Não era a minha superfície
que fora na maior parte corrompida
Desviou o olhar do caminho que sua vida está indo e no espelho retrovisor pode conferir as feridas do passado se distanciando, podemos concluir isso sob a luz do sentido metafórico da rua que ele percorre em que o que se "encontra no espelho retrovisor", coisas que estão atrás dele, são as coisas do passado."
Ao desviar o olhar não foi sua superfície que ele viu ( já que suas feridas são internas, sentimentais) ele vê seu opressor que foi o corrompido de tudo isso, o eu lírico não foi como ele.
o eu lírico mesmo passando por todas as surras da vida, não se corrompeu. não foi o que se perdeu com tudo
Cabeça ao seu pé, tolo à sua coroa
Punho no meu prato, engoli tudo
Inimizade desafiada
Unida pelo medo
Forçado a suportar
o que não poderia perdoar
Uma analogia com um súdito que mostra conhecer a superioridade do rei,
obviamente não quer dizer que ele reconheça essa superioridade.
O eu lírico demonstra mais uma vez a humilhação sofrida por ele
devido ao opressor com "cabeça o seu pé (reverenciando-o como um rei)",
porém também fica claro o conhecimento do eu lírico
de que o "rei" da analogia na verdade não passa de um imbecil.
Podemos ver isso em "tolo à sua coroa".
O eu lírico foi o obrigado, por mais que ele não achasse certo,a engolir todas as humilhações sofridas diante de eu opressor.
Vi as coisas...
Vi as coisas...
Vi as coisas...
Vi as coisas...
Mais claramente...
Mais claramente...
Uma vez que você estava no meu...
Espelho retrovisor....
"Agora fica mais do que óbvia a metáfora presente na música. O eu lírico se sentiu mais livre (“vi as coisas mais claramente”) com o distanciamento de seu opressor. Seguindo a idéia da música notamos que agora o seu opressor se encontra em seu passado ("Uma vez que você estava no meu... Espelho retrovisor").
Ele vai à diante enquanto o opressor fica pra trás.
Ganho velocidade
Fugindo de você fodendo comigo
De uma vez por todas estou longe
Dificilmente acredito
Finalmente a sombras passaram
Ele segue o mais rápido que pode, fugindo de seu opressor, fugindo dos acontecimentos de seu passado e finalmente ele consegue se distanciar de tudo. É algo tão esperado que é difícil de acreditar que ele pôde se livrar, que finalmente as sombras de sua vida ficaram para trás.
Finalizando, temos a história muito bem contada de um rapaz que busca sua independência (ou buscava) para assim conseguir se livrar de seu opressor. Para facilitar o entendimento da letra, podemos ter em mente (Não lembro se isso foi conclusão nossa ou se o Eddie disse em algum lugar e eu vi) que o opressor da música provavelmente é o padastro do eu lírico (Eddie Vedder, obviamente) que todos sabemos não tinha uma boa relação com o Vedder (O padastro do Eddie também é citada em Alive ou Betterman por exemplo).
Sugerimos que releiam a interpretação tendo em mente essa observação, que o opressor da música provavelmente é o padrasto do eu lírico.
"Também é impossível não observar a genialidade metafórica da música. Como já fora citado durante a interpretação, a analogia da parte da rua que está atrás dele e a que está em sua frente com o passado e o futuro do eu lírico, respectivamente, vai ficando clara com o progresso da música.”
É interessante (e somente isso) observar a possível relação com o progresso sonoro da música e a metáfora (do carro e a rua com o eu lírico e sua vida). Na maioria dos shows o a guitarra começa bem vagarosamente e vai ganhando velocidade (como um carro acelerando) e vai gradativamente ficando mais intensa e mais forte, o que pode-se novamente fazer uma analise com a letra como a frase "Estou ganhando velocidade de você fodendo comigo", mostrando uma relação entre a letra e o ritmo da música, que ambos de nós (Otacon e Gabriel) consideramos brilhante.
Labels: Letras e Traducoes
Cada vez mais fico fã dessa banda... essa música é uma verdadeira obra de arte!!!
Parabéns ao blog e a quem interpretou a música de forma tão fiel!!!